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Bons estudos!
quarta-feira, 27 de março de 2019
AS ROCHAS ÍGNEAS
quarta-feira, 20 de março de 2019
LIGAÇÕES QUÍMICAS E REGRAS DE GOLDSCHMIDT
Ligações químicas
Os átomos e íons se combinam para formar a matéria nos
estados sólido, líquido ou gasoso. A importância da ocupação das camadas mais
externas de elétrons pode ser exemplificada comparando-se a interação entre
dois átomos de hélio, em que dois elétrons ocupam o orbital 1s, com a interação
entre dois átomos de hidrogénio, cada um com apenas um elétron. Quando os dois
átomos de hélio se aproximam e suas nuvens eletrônicas de interpenetram, os
elétrons de um átomo não podem se acomodar no orbital do outro átomo, o que infringiria
o princípio da exclusão de Pauli. Assim sendo, eles saltam para o orbital 2s, o
que representa um custo energético e dificulta a formação dessas ligações. Por
outro lado, os dois átomos de hidrogénio podem compartilhar os elétrons is em
um mesmo orbital. A configuração eletrônica resultante é mais vantajosa que a
dos átomos de hidrogênio isolados e, portanto, a ligação química é favorecida.
Esta é a essência da teoria da valência de ligação de Pauling, que, entretanto,
não se consolidou por não explicar as propriedades espectroscópicas das
substâncias. Em contraste, a teoria do campo cristalino considera os cátions
como totalmente ionizados, tais como Na+ e Ca2+, os quais
são hospedados em sítios definidos por "ligantes" de carga negativa,
como ocorre na estrutura dos silicatos: a ligação é considerada como sendo
completamente eletrostática. Apesar de a teoria da valência explicar muitas das
propriedades dos elementos de transição, atualmente ela é considerada obsoleta.
O texto acima foi extraído de: ALBARÈDE, F. Geoquímica: uma introdução. São Paulo : Oficina de Textos, 2011.
Classificação geoquímica dos elementos
Para a formação da Terra aceita-se o modelo de sua
acreção, a partir de corpos menores de composição semelhante à de meteoritos
condríticos. Precisamos supor que, na fase inicial, separaram-se o núcleo e o
manto terrestre e, em seguida, no estado fundido, a Terra se solidificou e se
diferenciou, formando assim sua crosta Na realidade, o processo de
diferenciação é mais complexo para separação da parte silicática do manto e da crosta e a parte
metálica do núcleo, pois nosso planeta é um corpo dinâmico, e observamos, ainda
hoje, os processos de diferenciação que se manifestam na forma de vulcanismo,
ao contrário da Lua e do planeta Marte que se diferenciaram logo cedo em sua
formação e registraram isso nas idades de suas rochas mais antigas (certos
meteoritos são, possivelmente, oriundos de Marte, os SNC).
Comparando a Terra com os meteoritos, Goldschmidt
supôs a separação das fases metálica, sulfetada e silicática na condensação e
na diferenciação da Terra a partir de um estado de fusão. Baseado nessa
observação, ele classifica os elementos, que se distribuem nas referidas fases,
obedecendo a suas afinidades para com elas. Em seus estudos, ele analisou as
fases de liga Fe-NI, a troilita (FeS) e os silicatos dos meteoritos. Como seria
difícil testar essa hipótese, ele estudou a separação de elementos em processos
líquido-líquido na extração de cobre, a partir da fusão de ardósia de Mansfeld,
Alemanha. A extração de cobre resulta em uma escória silicatada, uma fase
metálica e uma fase sulfetada rica em Fe. As medidas de concentração dos
elementos nessas fases concordaram razoavelmente com as análises de meteoritos.
A classificação geoquímica dos elementos é baseada em
suas afinidades químicas para com as fases silicática, sulfetada e metálica, e
é, basicamente, consequência da configuração eletrõnica do elemento e,
consequentemente, de sua posição na tabela periódica. São agrupados em
siderófilos, calcófilos, litófilos e atmófilos. Essa classificação é genial, e
é notável que ainda sejam usados esses termos, introduzidos no início do século
XX, por Goldschmidt. Os conceitos e as linhas de pesquisas, introduzidas ou
simplesmente contempladas por ele, formam a base da geoquímica moderna. Assim,
podemos perceber nas palavras dele que "... as tarefas da geoquímica são
estabelecer em que concentrações os elementos ocorrem, e quais são os processos
que determinam seu enriquecimento local" Baseando-se nas afinidades, temos
os seguintes agrupamentos:
Obs.:
Na Tabela Periódica, assim se distribuem os elementos de acordo com a classificação de Goldschmidt:
O texto acima foi extraído e modificado de: CHOUDHURI, Asit. Geoquímica para graduação. Campinas : Editora da UNICAMP, 1997.
calcófilos e litófilos na crosta - " - calcófilo na crosta
- # - litófilo na crosta
( ) - pertencem mais que um grupo, ou afinidade secundária
Na Tabela Periódica, assim se distribuem os elementos de acordo com a classificação de Goldschmidt:
As regras de
Goldschmidt
Elementos que constituem as rochas e os minerais, principais
formadores de rochas e sua composição como um todo, são designados elementos
maiores Elementos de menor importância e de concentração menor que 0,1% (1.000
ppm) geralmente não formam minerais independentes mas são incorporados na
solução sólida dos minerais, em fundidos ou em fases fluídas. Esses
elementos-traço ocorrem, intersticialmente, como fases intergranulares ou como
impurezas no retículo cristalino de fases principais. Seu comportamento é
frequentemente diferente e sua distribuição (partição) entre as fases, por
exemplo, fase fundida e mineral coexistente, pode mudar sua concentração em
varias ordens de grandeza. Estas e outras questões sobre a distribuição dos
elementos foram contempladas, pela primeira vez, por Goldschmidt. Muitos dos
conceitos geoquímicos atuais derivam das conferências e dos trabalhos
publicados por Goldschmidt na década de 1930, como, por exemplo sua conferência
para o "Chemical Society" de Londres sobre os "Princípios da distribuição
dos elementos químicos em rochas e minerais". Ele chamou a atenção para a
ocorrência de elementos-traço (menos que 1.000 ppm) por substituição em retículos
cristalinos de elementos maiores ou principais.
Esses princípios, formalizados como regras, tiveram um
profundo efeito sobre a maneira de pensar em relação à petrologia e à
geoquímica, e seus conceitos como litófilo e calcófilo, bem como as regras
gerais para o comportamento dos elementos, que ainda são usadas. Ele sugeriu
também que análises quantitativas da distribuição de elementos entre rochas e
minerais, ou mesmo entre minerais, poderão formar uma base para classificar um
grupo de rochas na mesma suíte magmática. Desde suas formulações, as regras têm
sido confirmadas em sua validade geral para ligações essencialmente iônicas por
meio de investigações realizadas por diversos pesquisadores. As regras sofreram
pequenas modificações, mas sem perder sua importância para substituição de
elementos.
As regras gerais são as seguintes:
1ª Se dois bons têm o mesmo tamanho (raio) e a mesma carga,
eles entrarão no retículo cristalino com igual facilidade.
2ª Se dois bons têm raios similares e a mesma carga, o íon
menor entrará mais facilmente no retículo que o íon maior. Ê o que acontece,
por exemplo, nos minerais ferromagnesianos em relação ao Mg': (0,66 Ă) e ao
Fe': (0,74 Ă).
3ª Se dois íons têm raios similares e cargas diferentes, o
íon com a carga maior entrará mais prontamente no retículo. Exemplo: Ca': (0,99
Ă) e Na* (0,97 Ă) nos plagioclásios.
Para elementos menos importantes dentro da cristalização
magmática, existem as seguintes regras:
a) Camuflagem -- quando um elemento de maior importância
"camufla" um de menor importância com mesma carga e ralo simi/ar.
Exemplo:
Exemplo:
AI'3 (0,51 Ă) camufla o Ga'3 (0,62 Ă)
Zr'4 (0,79 Ă) camufla o Hf'4 (0,78 Ă)
Si*' (0,42 Ă) camufla o Ge« (0,53 Ă)
b) Captura - quando um elemento de maior importância
"captura" um outro de menor importância com carga maior ou raio
menor.
Exemplo:
Exemplo:
K+ (1,33 Â) captura Ba+2: (1,34 Â) e Sr+2:
(1,18 Ă)
c) Admissão - quando um elemento mais importante
"admite" um menos importante de menor carga e ralo similar ou de
mesma carga e raio maior. Exemplo
Mg+2: (0,66 À) admite o Li' (0,68 Ă)
Ca+2: (0,99 Ă) admite o Sr': (1,18 Ă)
As regras formuladas por Goldschmidt são um guia muito útil
para a distribuição dos elementos-traço, mas não são universalmente válidas,
pois se baseiam no pressuposto de que as ligações entre os elementos são iônicas,
enquanto não são exclusivamente iônicas, na maioria dos minerais. Ringwood
mostrou que a eletronegatividade de um elemento também influencia a
substituição de um elemento menor por outro de maior importância com tamanho
parecido. Quando essa substituição ocorre, os elementos de menor
eletronegatividade terão preferência pois formam ligações iônicas mais fortes.
Portanto, o comportamento dos cátions no magma depende do raio iônico, da
valência e do tipo de ligação.
O texto acima foi extraído e modificado de: CHOUDHURI, Asit. Geoquímica para graduação. Campinas : Editora da UNICAMP, 1997.
MAGMA E SUAS PROPRIEDADES
Magma nada mais é do que rocha em estado de fusão a altas temperaturas. A denominação deve-se à sua consistência pastosa, comparada à da massa do pão que em grego é magma.
1.
O que é o magma?
Podemos observar o magma quando ele extravasa na forma de
lava. Já quando o magma se aloja no interior da crosta, sua colocação e
consolidação não podem ser observados diretamente, e seu comportamento pode ser
deduzido apenas por meio das estruturas observadas em rochas ígneas intrusivas
quando expostas pelos processos geológicos, ou por métodos indiretos,
geofísicos.
Magmas apresentam altas temperaturas, entre 700 e 1 200 0C,
e são constituídos por 3 partes:
a) uma parte líquida, representada
pela rocha fundida;
b) uma parte sólida,
que corresponde a minerais já cristalizados e a fragmentos de rocha,
transportados em meio à fração líquida;
c) uma parte gasosa,
constituída por voláteis dissolvidos na parte líquida, predominantemente H2O
e CO2, além de CH4, SO4 e outros.
Esses componentes ocorrem em proporções variáveis, dependendo
da origem e estágio de cristalização dos magmas. A mobilidade de um magma se dá
em função de diversos parâmetros: composição química. grau de cristalinidade
(em que proporção o magma contêm material já cristalizado), teor de gases
dissolvidos e a temperatura em que se encontra. A maior ou menor facilidade de
fluir é definida pela viscosidade, medida em poises. Magmas pouco viscosos,
logo mais fluídos, como os basálticos (viscosidade aproximada: 102 a
103 poises), extravasam com facilidade e formam corridas de lava
como as do Havaí (figura 6.2), que podem estender se por dezenas de
quilômetros, ou da formação Serra Geral, na bacia do Paraná, cujos derrames
alcançam extensões de até centenas de quilômetros. Magmas mais viscosos, como
os graníticos ou riolíticos (viscosidade aproximada: 106 a 107
poises), têm dificuldade até mesmo para extravasar, formando frequentemente
"rolhas" que entopem os condutos vulcânicos, o que provoca aumento de
pressão por conta do magma e gases que vão se acumulando. Quando a pressão
interna supera o peso das rochas sobrejacentes, ou quando ocorre uma
descompressão súbita por causa de avalanches nos flancos do edifício vulcânico,
ocorrem explosões. A relação entre viscosidade e composição de magmas será
discutida mais adiante.
1.2 Onde e como se formam
os magmas?
Não é possível observar diretamente os processos de formação
de magmas: eles surgem a grandes profundidades, em locais inacessíveis até
mesmo para as perfurações mais profundas. Evidências sobre a geração de magmas
são fornecidas por dados geofísicos, principalmente sísmicos e geotérmicos, por
fragmentos de rocha transportados pelos magmas desde as suas regiões de origem
- os nódulos mantélicos (Figura 3), ou ainda por estudos de petrologia
experimental, que procuram reproduzir em laboratório as condições de formação
de magmas. Os magmas se originam por fusão parcial de rochas na astenosfera, ou
na parte inferior da litosfera (ver Capítulo 2). A fusão pode ser provocada
pelo aumento da temperatura, por alívio da pressão a que estas rochas estão
submetidas, por variações no teor de fluidos ou, mais provavelmente, por uma
combinação destes fatores. A figura 6.4 ilustra a fusão de rochas em sistemas
saturados em água e em sistemas anidros. As curvas solidus representam o início da fusão, quando então coexiste o
líquido gerado com a parte ainda não fundida da rocha geradora. À medida que o
processo de fusão avança, a proporção líquido/sólido aumenta, até que, em uma
situação ideal, todos os minerais da rocha geradora tenham sido fundidos. Nesse
ponto, o sistema ultrapassa a curva liquidus,
sendo constituído apenas da fase líquida. Ou seja, a temperaturas abaixo da
curva solidus, a rocha geradora
encontra-se inteiramente sólida; a temperaturas entre as curvas solidus e liquidus, coexistem, em proporções variáveis, líquido e rocha ainda
não completamente fundida; e a temperaturas acima da curva liquidus, passa a existir apenas a fase líquida, estando toda a
rocha fundida.
O magma, uma vez gerado, tende a deslocar-se em direção à
superfície, por apresentar densidade menor do que as rochas ao redor. O
deslocamento de um magma no interior da crosta é complexo e variado, em função
da sua viscosidade e da constituição e estruturação das rochas que atravessa.
Sempre que possível, magmas ascendem através de falhas e fraturas profundas.
Quando estas descontinuidades não ocorrem, formam-se bolsões de magma em forma
de gigantescas "gotas invertidas” ou “balões” chamados diápiros, com
vários quilômetros cúbicos, que se deslocam por fluxo plástico em meio às
rochas da crosta. O bolsão de magma força as rochas acima e ao redor, às vezes
quebrando-as e englobando seus fragmentos, conhecidos como xenólitos (Figura 6.5).
Outras vezes, à medida que o bolsão de magma ascende, vai fundindo as rochas
encaixantes. Quando há fusão e assimilação destas rochas, ocorrem modificações
na composição química do magma original, dependendo do tipo e da proporção das
rochas digeridas.
Em muitos casos, grandes volumes de magma “estacionam" a
determinadas profundidades, e fornecem material para manifestações vulcânicas
por dezenas de milhares a milhões de anos. Nestes casos, são denominados de
câmaras magmáticas, cuja presença e dimensões podem ser aferidas por estudos
geofísicos. Destes sítios, o magma é conduzido à superfície através dos
condutos vulcânicos, ou se consolida em profundidade, gerando as diversas
formas de ocorrência de rochas magmáticas. As etapas da viagem de magmas desde seus
sítios de geração na astenosfera ou nas partes profundas da litosfera até os sítios
de consolidação estão ilustradas, esquematicamente, na figura 6.6 adiante.
1.3 Composição dos
magmas
A composição de um magma depende de vários fatores:
a) da composição da
rocha geradora no local de origem;
b) das condições em
que ocorreu a fusão desta rocha e da taxa de fusão;
c) dos processos que
atuam sobre este magma do seu local de origem até o seu sítio de consolidação.
Magmas têm, majoritariamente, composição silicática, em
consonância com a composição predominante da crosta e do manto terrestre.
Porém, magmas carbonáticos e sulfetados, ainda que raros, também ocorrem. Em
outros planetas e seus satélites, também podem existir magmas de composições
muito diversas.
Os principais componentes dos magmas silicáticos na Terra
são, além de oxigênio (O) e silício (Si), o alumínio (AI), o cálcio (Ca), o
ferro (Fe), o magnésio (Mg), o sódio (Na), o potássio (K), o manganês (Mn), o
titânio (Ti) e o fósforo (P). A composição química de rochas e magmas é
indicada, por convenção, com os elementos constituintes apresentados na forma
de óxidos.
A variação composicional dos magmas, assim como das rochas
ígneas, é descrita principalmente por seu teor de sílica, que é a percentagem
em peso de SiO2. O espectro composicional dos magmas silicáticos é
muito amplo, e praticamente contínuo em termos do teor de sílica. No entanto,
dois tipos de magma se destacam pela sua abundância: o magma granítico ou riolítico,
com teores de sílica superiores a 66%, e o magma basáltico, com teores de
sílica entre 45% e 52%. Alguns pesquisadores acrescentam um terceiro tipo de
magma: o magma andesítico (teor de sílica entre 52% e 66 %), por sua freqüência
e ambiente de ocorrência na crosta. Em termos de volume, porém, magmas graníticos
e basálticos são preponderantes. Composições de rochas vulcânicas
representativas dos três tipos de magmas - respectivamente riolitos, andesitos
e basaltos - são apresentadas na tabela 6.1 e ilustradas na figura 6.7.
1.4 Qual a influência
da composição química sobre os magmas?
As características físicas dos magmas, como a temperatura e a
viscosidade, estão intrinsecamente relacionadas à sua composição: estas
relações encontram-se ilustradas na figura 6.8. Magmas basálticos apresentam
temperaturas da ordem de 1.000 a 1.200 ºC, têm baixo teor de voláteis (em torno
de 1 a 3% em peso) e possuem viscosidade baixa. Já os magmas graníticos são
significativamente mais viscosos, apresentam, de modo geral, teores mais
elevados de voláteis (entre 3% e 5%) e apresentam temperaturas da ordem de 700
a 800 'C. A viscosidade de um magma silicático aumenta com:
a) o aumento do teor
de sílica;
b) o abaixamento da
temperatura;
c) a diminuição do
conteúdo de voláteis.
Estas relações podem ser explicadas pelo comportamento das
unidades estruturais fundamentais [SiO4]-4 que existem
nos magmas. Estas unidades tem o formato de tetraedros, com um átomo de silício
no centro e quatro átomos de oxigênio nos vértices e tendem a unir-se em
estruturas progressivamente mais complexas à medida que a cristalização do
magma avança. Em magmas ricos em sílica, isto se dá já nas primeiras etapas da
consolidação, e em escala mais ampla, produzindo extensas cadeias de tetraedros
de Si-O que dificultam o fluxo do magma, aumentando sua viscosidade.
Já em magmas básicos, com teores de sílica menores, esse
processo só adquire importância nas etapas mais avançadas da consolidação, ou
seja, não se formam grandes estruturas de Si-O que possam dificultar o fluxo do
magma já nos estágios iniciais. Essas extensas cadeias de Si-O tendem a ser
destruídas pelo aumento de temperatura e do teor de água, o que diminui a
viscosidade do magma. Assim magmas graníticos, ainda que mais viscosos, podem
ter sua fluidez aumentada quando em altas temperaturas ou quando apresentarem
teores elevados de água. Magmas basálticos, apesar de seus baixos teores de
água, têm no seu reduzido conteúdo em sílica a principal razão para as suas
viscosidades mais baixas.
1.5 Por que há diferentes
magmas?
Magmas apresentam grande variedade nas suas composições, fato
que se espelha na diversidade das rochas ígneas. Magmas diversos são produzidos
em função do tipo de rocha da área-fonte e da taxa de fusão desta rocha.
Contudo, a profundidade em que ocorre a fusão também é um fator importante. que
pode influenciar a composição dos magmas produzidos. Grandes volumes de magmas
basálticos são gerados pela fusão dos peridotitos (rochas constituintes do manto,
formadas por minerais ferromagnesianos, principalmente olivina e piroxênios -
ver figura 6.3) nas regiões abaixo das dorsais mesa oceânicas, mas também abaixo
da crosta continental, no manto superior. Já os magmas graníticos são
associados à fusão de partes profundas da crosta continental, mais enriquecidas
em sílica. Magmas andesíticos são gerados a partir da fusão da crosta oceânica.
Magmas são sempre enriquecidos em sílica e elementos leves (Na, K) em relação à
área-fonte a partir da qual foram gerados. Assim, basaltos são mais ricos em
sílica que peridotitos; andesitos apresentam-se enriquecidos em sílica quando
comparados aos basaltos dos fundos oceânicos; e granitos, que em muitos casos
podem formar se pela fusão parcial de rochas de composição andesítica, são
ainda mais enriquecidos em sílica que estas.
A composição de magmas primários, gerados da fusão parcial
das rochas de sua área-fonte, pode ser modificada de forma considerável por
processos de diferenciação magmática. O mais importante destes processos é o de
cristalização fracionada. A cristalização de um magma em profundidade é um
processo complexo e muito lento. O magma encontra-se a temperaturas elevadas,
quando então todos os seus componentes se encontram dissolvidos no material
fundido. Quando se instala em partes superiores, logo mais frias da crosta,
perde calor para as rochas encaixantes e sua temperatura diminui paulatinamente.
Quando a temperatura atinge um determinado valor crítico, inicia-se a
cristalização e formam se germes cristalinos, minúsculos núcleos de cristais,
que crescerão para constituir os minerais da rocha ígnea.
Os diferentes minerais não cristalizam todos ao mesmo tempo:
alguns se formam primeiro, e só depois que a composição do magma tiver sido modificada
o suficiente pela extração destes é que os outros minerais irão se juntar aos
que já se encontram em processo de cristalização, ou mesmo irão substituí-los
neste processo. A sequência de cristalização resultante depende fundamentalmente
da composição do magma inicial. A sequência ideal de cristalização dos minerais
foi, a princípio, estabelecida para magmas basálticos pelo petrólogo
experimentalista N. L. Bowen em 1928 por meio das Séries de Reação de Bowen,
ilustradas nas figuras 6.9a e b. Teoricamente, é possível obter, a partir de um
magma primário basáltico, toda uma série de rochas ígneas, desde as ultrabásicas
(ou peridotíticas) até as ácidas (ou graníticas), utilizando para tanto processos
de fracionamento do magma basáltico original durante a sua cristalização. É
importante frisar que as Séries de Reação de Bowen representam um modelo
simplificado de um processo natural muito mais complexo. Exemplos da geração de
rochas diversas por meio da cristalização fracionada de um mesmo magma podem
ser observados nos complexos estratiformes onde, a partir de magmas originalmente
basálticos, são gerados peridotitos, ricos em olivina e piroxênios, pelo
acúmulo destes minerais nas partes inferiores da câmara magmática; gabros,
constituídos de plagioclásio cálcico e piroxênios, pela cristalização do magma
basáltico mais ou menos modificado; e anortositos, pelo acúmulo de plagioclásio,
menos denso, no topo da câmara magmática. Exemplos brasileiros de complexos
deste tipo são os maciços máficos-ultramáficos de Niquelândia e Canabrava, em
Goiás.
Outros processos de diferenciação magmática são a mistura de
magmas originalmente diferentes, a imiscibilidade de magmas e, como já mencionado,
a assimilação durante a ascensão do magma de rochas dos condutos magmáticos ou
das rochas encaixantes após o alojamento do magma no sítio de consolidação
final. Na mistura de magmas, magmas de composições distintas podem ter contato
durante a ascensão na crosta e misturar-se em proporções diversas, gerando com posições
intermediárias entre elas. Na imiscibilidade de magmas, durante a evolução de
um volume de magma originalmente homogêneo, podem separar-se frações imiscíveis
(como ocorre entre a água e o óleo), e cristalizar em separado, produzindo
estruturas peculiares nas rochas resultantes. A assimilação de rochas acontece quando
o magma, ao abrir caminho rumo à superfície, "digere" pedaços das
rochas encaixantes, modificando sua composição em função da natureza e do
volume da rocha assimilada.
Texto extraído de: TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo :
Companhia Editora Nacional, 2009, p. 154-159.
quinta-feira, 14 de março de 2019
GABARITO DA VA 1-2019
Assinale a afirmação correta
sobre as camadas da Terra na figura abaixo, numeradas de 1 a 5.
A.
A camada 1 é o núcleo
interno líquido, constituído de rochas máficas e ultramáficas.
B.
A camada 2 é o núcleo
externo sólido, constituído de rochas silicáticas e aluminosas.
C.
A camada 3 é o manto
inferior rígido, constituído de níquel e ferro.
D.
A camada 4 é o manto externo, onde o topo rígido é separado
da base plástica por uma zona de baixa velocidade; é constituído de rochas
formadas principalmente por silicato de ferro e magnésio.
E.
A camada 5 é a crosta
rígida, bastante homogênea, constituída principalmente de rochas
ferromagnesianas.
Questão 2 – As propriedades
periódicas dos elementos químicos são aquelas que se repetem ao longo da
Tabela Periódica. Tais propriedades estão relacionadas com a estrutura dos átomos
dos elementos.
I. As propriedades
periódicas dos elementos químicos são as características inerentes à esses
elementos que variam de acordo com sua valência,
PORQUE
II. Quanto maior a valência
de um elemento, maiores são as forças exercidas entre o núcleo e a eletrosfera,
o que resulta num menor raio atômico.
A
respeito das asserções acima, assinale a opção correta.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma
justificativa correta de I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa correta.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d)
A
asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 3 – Os elementos químicos podem ser encontrados em diferentes formas
químicas. Eles podem ser armazenados por períodos longos ou curtos na
atmosfera, na crosta, na água ou no interior da Terra, bem como nos corpos de
organismos vivos. Processos geológicos desempenham um papel nesta reciclagem de
materiais, assim como as interações entre os organismos.
Sobre
ciclos geoquímicos, assinale a alternativa correta.
A. O ciclo geoquímico está diretamente relacionado à
tectônica global.
B. Uma dada massa de
material na Terra, normalmente mantém sua identidade à medida que passa pelas
transformações do ciclo geoquímico.
C. Elementos como o carbono,
oxigênio, enxofre, silício etc. estão presentes em quantidades totais variáveis
durante o tempo geológico da Terra.
D. O ciclo geoquímico e o
ciclo biogeoquímico atuam isoladamente, porque o primeiro refere-se às mudanças
das rochas e o segundo à evolução da vida.
E. Na escala global da Terra
os elementos químicos se distribuem de maneira homogênea nos diferentes
reservatórios da litosfera.
Questão 4 - Apesar de ter sido indicado várias vezes, Goldschmidt
não recebeu a honra de ser agraciado com o Nobel em química. Em sua homenagem,
uma das maiores conferências internacionais de geoquímica leva seu nome, assim
como o prêmio concedido àqueles que exercem alguma contribuição extremamente significativa
a esta disciplina. A relevância de seu trabalho nas áreas da geoquímica,
química e geologia permanece devidamente reconhecida na atualidade. Ele foi o primeiro a acentuar a importância da diferenciação geoquímica
primária dos elementos e são
famosas as chamadas “regras de Goldschmidt”.
Analise
as afirmações abaixo e assinale as corretas.
I – As regras
formuladas por Goldschmidt são um guia muito útil para a distribuição dos
elementos-traço, mas não são universalmente válidas, porque se baseiam no
pressuposto de que as ligações entre os elementos são moleculares, enquanto são
exclusivamente iônicas, na maioria dos minerais.
II –
Elementos-traço geralmente substituem os elementos maiores nos retículos
cristalinos dos minerais formadores de rocha e, mais raramente, podem formar
minerais acessórios.
III –
Elementos-traço geralmente não formam minerais independentes.
IV – Se dois
íons têm raios similares e a mesma carga, o íon maior entrará mais facilmente
no retículo que o íon menor.
V - Se dois íons
têm raios similares e cargas diferentes, o íon com a carga menor entrará mais
prontamente no retículo.
São corretas as afirmações:
A. I e II.
B. II
e III.
C. III e IV.
D. IV e V.
E. I e V.
Questão 5 – Nos ambientes superficiais e profundos, com diferentes condições de
temperatura e pressão e oxigênio livre, os elementos químicos apresentam
comportamento de migração e distribuição particulares determinados por suas afinidades
geoquímicas.
I. Na
dispersão profunda, os canais e locais de migração e redeposição são as
fissuras e os espaços intergranulares das rochas posicionadas em profundidade,
PORQUE
II. Os
elementos tendem a se associar nos processos geológicos devido às suas
mobilidades relativas.
A
respeito das asserções acima, assinale a opção correta.
A. As asserções I e II são proposições
verdadeiras e a II é uma justificativa correta de I.
B. As
asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa
correta.
C. A asserção I é uma proposição verdadeira,
e a II é uma proposição falsa.
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a
II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições
falsas.
Questão 6 – Os 92 elementos químicos
que ocorrem naturalmente na Terra são compostos por um núcleo com núcleons
subatômicos, orbitado por elétrons. É correto afirmar que:
A. Como um átomo contém o mesmo número de prótons e de elétrons com cargas iguais
e de sinais opostos, a carga dos átomos é sempre positiva.
B.
Como
um átomo contém o mesmo número de prótons e de elétrons com cargas e sinais iguais,
os átomos não têm carga.
C. Os núcleons incluem prótons de carga positiva e nêutrons sem carga.
D. Os núcleons incluem prótons de carga positiva e nêutrons de carga
positiva.
E. A massa de um próton é igual à soma da massa dos elétrons.
Questão 7 – Basicamente, duas forças
de naturezas distintas atuam no interior da matéria: são as forças
intermoleculares, isto é, entre moléculas, e as forças intramoleculares, que agem
no interior dessas moléculas, entre dois ou mais átomos. As forças
intermoleculares podem ser descritas, sucintamente, como pontes de hidrogênio ou
forças de Van der Waals. As forças intramoleculares são as famosas ligações
químicas, que podem ser do tipo iônico, covalente ou metálico.
Nas alternativas abaixo, assinale a correta.
A. As ligações químicas representam
interações entre dois ou mais átomos, interações essas que sempre ocorrem por compartilhamento
de elétrons.
B. A ligação iônica é a responsável pela
formação de compostos iônicos, e ocorre entre dois átomos metálicos, com doação
e recebimento de elétrons.
C. Na ligação covalente ocorre um
compartilhamento de elétrons, aos pares.
D. Quando
se combinam dois átomos que possuem uma mesma tendência de ganhar e perder
elétrons, ocorre então a formação de uma ligação
metálica.
E. A ligação metálica, sempre entre um
átomo metálico e um átomo não metálico, forma os compostos de natureza
molecular, de modo a constituir uma molécula de natureza polar (ligação entre
dois átomos diferentes) ou apolar (entre dois átomos iguais).
Questão 8 – A enorme diversidade de
rochas magmáticas não é compatível com poucos tipos magmáticos. Uma vez
formados, os magmas tendem a evoluir quimicamente, através de um conjunto de
processos, chamados diferenciação magmática. Através deste processo,
consegue-se explicar que os granitos resultem da consolidação de magmas
originalmente graníticos, como também da consolidação de fracções magmáticas
graníticas derivadas de magmas basálticos.
Avalie as questões abaixo sobre a diferenciação magmática.
I. O magma é uma mistura
complexa de substâncias minerais, cuja cristalização ocorre a temperaturas
diferentes dados serem diferentes os seus pontos de solidificação.
II. Durante o arrefecimento magmático, um dado mineral, uma
vez formado, tem tendência a reagir com o líquido magmático, se permanecer em
contato com ele.
III. Uma vez que cada magma é uma associação de
minerais e esses minerais têm uma temperatura de solidificação e cristalização
própria, os minerais começam a cristalizar a temperaturas diferentes,
independentemente da pressão e da composição do material fundido.
IV. A diferenciação
magmática é um processo que, a partir de magmas diferentes, conduz à formação
de resíduos magmáticos de mesma composição.
V. Com o arrefecimento do
contínuo processo de cristalização, resulta um magma residual de composição
constante.
A opção
que apresenta apenas afirmações corretas ê:
A. I e
II B.
II e III C. III e V
D. I e IV E.
IV e V
Questão 9 – A geoquímica é uma ciência que dividiu a
realidade desde o cosmo até os solos, passando pelas rochas. Todos esses
compartimentos são agrupados no ciclo geoquímico, que inclui uma fonte, um
transporte e uma deposição (ou residência) de um elemento químico nos diversos
compartimentos. O ciclo geoquímico é baseado em dois ambientes geoquímicos: o profundo e o superficial; além disso, é preciso distinguir o momento da
dispersão, que pode ser primária ou secundária. Explique-os (ambientes
profundo e superficial, dispersão primária e secundária).
O ambiente profundo, também chamado de
endógeno ou hipogênico, é aquele vigente abaixo da superfície da Terra em zonas
de altas pressão e temperatura, circulação restrita de fluidos e baixo teor de oxigênio
livre; nessas zonas, os processos geológicos são magmáticos, metamórficos ou
hidrotermais.
O ambiente superficial, também chamado de
exógeno ou supergênico, é aquele vigente na superfície da Terra, em zonas de
baixas pressão e temperatura, movimentação livre de soluções, maior quantidade
de oxigênio livre, água e CO2; nessas condições, os processos
geológicos são caracterizados pelo intemperismo, erosão, sedimentação e
diagênese.
A dispersão primária refere-se aos
processos que conduzem à migração e posicionamento de elementos químicos
durante a formação de uma rocha. A dispersão
secundária refere-se à redistribuição das feições primárias, geralmente no
ambiente superficial. Para as rochas sedimentares, entretanto, a dispersão
primária é aquela que ocorre durante a sedimentação, e a secundária seroa
posterior.
Questão 10 – Leia o texto a seguir e, em seguida,
redija um texto de pelo menos 12 linhas com o título “Os ambientes e ciclos
geoquímicos naturais e os transformados pelo homem”.
Observação: evite
copiar trechos do texto apresentado para leitura.
“A existência da humanidade e de todas as
formas de vida na Terra sempre dependeu de um delicado equilíbrio entre o mundo
orgânico e o inorgânico. Durante a maioria do tempo histórico o homem
adaptou-se passivamente ao ambiente geoquímico. As sociedades pré-industriais
foram pouco destrutivas, pelo pequeno número de indivíduos e a limitação da
força muscular, fazendo com que as agressões ao meio ambiente permanecessem
limitadas espacialmente, e, em geral, passíveis de recuperação pelos processos
naturais. Já havia, no entanto, danos irreparáveis: antes do advento da
revolução industrial as florestas nativas da Inglaterra já estavam reduzidas a
3% do original, o que bem demonstra o padrão de atitude humana frente à
natureza como fonte de recursos. No entanto, a partir dos últimos anos, o
crescimento exponencial da população do planeta criou, como “bola de neve”, o
aumento da necessidade de energia, da produção de alimentos, da
industrialização e da urbanização, problema que o homem vem solucionando a
curto e médio prazos, com o aumento de pressão sobre os demais compartimentos
da ecosfera. Assim, a demanda sobre os combustíveis fósseis, sobre o solo
agricultável, e as matérias primas minerais e vegetais são causa de poluição do
solo, da água, do ar. A ocupação desorganizada dos espaços causa desmatamento,
erosão, extinção de espécies. Os grandes aglomerados urbanos que viabilizaram
as relações econômicas da sociedade industrial são grandes consumidores de
energia e recursos em geral, dificultando a reciclagem de seus resíduos,
causando também poluição. Dentro deste ciclo antropocêntrico, alimentado pela
superpopulação, sobressaem, como sinal de baixa eficiência do sistema, o
aumento da pobreza e a perda da qualidade de vida do homem.” (CARVALHO, C. N.
Geoquímica ambiental: conceito, métodos e aplicações. Geoquímica Brasiliensis,
3(1): 17-22, 1989)
Atenção: A resposta a seguir é apenas orientativa, porque se trata
de um texto discursivo em que cada um utilizará seus conhecimentos, modos de
expressão e pontos de vista individuais.
Os ambientes naturais
evoluíram desde o início da formação da Terra e sua base de evolução é o ciclo
geoquímico das rochas, que atua incessantemente numa escala de tempo geológica,
redistribuindo os elementos químicos. As transformações levaram à formação de
ambientes favoráveis à vida, naquilo que chamamos ecosfera, que inclui as
terras emersas, hidrosfera e atmosfera, onde os processos geológicos são
impulsionados pela tectônica de placas e a energia solar, que propicia a
existência de diferentes climas, onde os seres vivos se adaptaram. Essa
adaptação implicou na seleção de espécies nos diferentes compartimentos da
ecosfera. Essas espécies, por sua vez, também interferiram nos processos
geológicos, algumas delas colaborando na formação de depósitos sedimentares e
outras atuando na degradação das rochas, mas sempre ao longo do tempo
geológico, numa escala de milhões de anos. O ser humano, porém, veio provocar
transformações cada vez mais rápidas na ecosfera, interferindo diretamente nos
ciclos geoquímicos de diferentes maneiras, levando ao aumento dos processos
erosivos, redistribuindo em larga escala elementos químicos nos solos, nas
águas e na atmosfera, e provocando mudanças climáticas. As transformações se
aceleram de tal maneira que o atual período da Terra é denominado por muitos de
Antropoceno, isto é, os agentes naturais de transformação perdem gradativamente
sua força em detrimento da atuação do ser humano.
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