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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

CLASSIFICAÇÃO DE GOLDSCHMIDT

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DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA


A enorme diversidade de rochas magmáticas não é compatível com poucos tipos magmáticos. Uma vez formados, os magmas tendem a evoluir quimicamente, através de um conjunto de processos, chamados diferenciação magmática.
Através deste processo, consegue-se explicar que os granitos resultem da consolidação de magmas originalmente graníticos, como também da consolidação de fracções magmáticas graníticas derivadas de magmas basálticos.
O mais importante processo de diferenciação magmática é a cristalização fracionada, que traduz a formação sequencial dos minerais das rochas magmáticas, a partir do arrefecimento do magma, em função da temperatura de cristalização característica de cada um deles. Foi Bowen, em 1928, quem conseguiu ordenar os principais minerais das rochas magmáticas de acordo com esse critério. Trata-se, assim, de minerais originados, aproximadamente, entre 1 500 ºC e 500 ºC, todos eles do grupo de silicatos. Os silicatos são formados à base de sílica. Estes minerais estão divididos conforme as suas afinidades químicas, em duas séries convergentes para os termos de menor temperatura de formação. A série descontínua reúne silicatos de ferro e magnésio e a série contínua corresponde à família dos plagioclásios, constituída por minerais estruturalmente idênticos entre si, cujas composições químicas variam gradualmente, minerais isormorfos, diferindo nos teores relativos de cálcio e sódio. As posições destinadas a estes dois elementos, na rede cristalina, tanto podem ser ocupados pelo cálcio, como acontece na anortita pura, como pelo sódio, que é o caso da albita pura, como ainda serem partilhadas por ambos os íons, em todas as proporções possíveis, dando, então, origem aos termos intermediários da série.
Durante o arrefecimento magmático, um dado mineral, uma vez formado, tem tendência a reagir com o líquido magmático, se permanecer em contato com ele. Assim, será reabsorvido e, no seu lugar, surgirá, a uma temperatura mais baixa, o termo seguinte da sua série. A sequência termina com a cristalização do quartzo, se, esgotados todos os outros componentes do magma, o líquido magmático final for constituído exclusivamente por sílica.
Dado que os primeiros minerais a cristalizar são os mais densos, eles podem depositar-se, por gravidade, na base da câmara magmática, sendo preservados até ao final da cristalização. Pelo contrário, os elementos mais leves tendem a acumular-se nas partes mais altas do reservatório, ajudados, ainda, pela ascensão de compostos voláteis, como o vapor de água e o dióxido de carbono. Esta diferenciação gravítica faz com que, terminada a cristalização de um magma, se possam encontrar em diferentes localizações, numa câmara magmática, diversas rochas, umas mais densas, com mais ferro, magnésio e cálcio em posição inferior e outras menos densas, enriquecidas em silício, alumínio, sódio e potássio, em posições menos profundas. Esta possibilidade faz surgir, durante o arrefecimento magmático, produtos ou frações magmáticas diferentes entre si e diferentes do magma parental; decorre, portanto, da ação combinada da cristalização fraccionada e da diferenciação gravítica.
Outras causas de diferenciação magmática, estas exteriores ao magma, são a assimilação magmática e a mistura de magmas. A primeira causa, explica-se pelas reações entre o magma e as rochas envolventes, tanto a das paredes das câmaras magmáticas, como a das paredes das condutas por onde ele sobe. Se o magma se encontra a uma temperatura superior à do ponto de fusão dos minerais dessas rochas, funde-os e, ao incorporá-los, altera a sua composição. Quando essa fusão não é completamente conseguida, o magma conserva restos sólidos de tais rochas, denominados enclaves, que se reconhecem após a consolidação magmática. A mistura de magmas, mais difícil de provar, acontece entre materiais de fusão, como sucederá em zonas orogênicas, onde magmas primários, basálticos, se poderão misturar com magmas secundários, de composição granítica.
Este texto foi extraído e modificado de:
http://knoow.net/ciencterravida/geologia/diferenciacao-magmatica/

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ATIVIDADE ORIENTADA 2-2019

Título: Fracionamento de isótopos estáveis, decaimento radioativo, geoquímica isotópica e geocronologia.

Valor do trabalho: 4,0 pontos.

Carga horária envolvida: 6 aulas.

NORMAS:

O trabalho deverá ser formatado em Word, fonte Arial 12, espaçamento simples, margem normal, respeitando as normas de apresentação de trabalhos acadêmicos. Em caso de dúvida, acesse:
http://professormarciosantos7.blogspot.com/2019/02/como-elaborar-trabalhos-academicos.html.

A entrega deve ser feita até 22 de abril de 2019 através do e-mail professormarciosantos@gmail.com.

Trata-se de um trabalho de pesquisa bibliográfica e todas as citações utilizadas no trabalho devem ser referenciadas.

O trabalho é individual e não se admitirá plágio acadêmico.

O trabalho deverá conter: resumo, objetivo, introdução / justificativa, materiais e métodos, resultado da pesquisa, conclusão e referências.

ATENÇÃO: O aluno deve ter sempre em consideração que este trabalho é uma atividade orientada e que o professor está disponível para orientação em todas as etapas. Entretanto, é o aluno quem deve solicitar orientação, caso necessite. A solicitação de orientação deve ser encaminhada por e-mail e o prazo de resposta é, salvo força maior, de 24 horas.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

LIGAÇÕES QUÍMICAS


Basicamente, duas forças de naturezas distintas atuam no interior da matéria: são as forças intermoleculares, isto é, entre moléculas, e as forças intramoleculares, que agem no interior dessas moléculas, entre dois ou mais átomos. As forças intermoleculares podem ser descritas, sucintamente, como pontes de hidrogênio ou forças de Van der Waals. As forças intramoleculares são as famosas ligações químicas, que podem ser do tipo iônico, covalente ou metálico. O propósito deste texto é abordar aspectos referentes às forças intramoleculares, isto é, referentes às ligações químicas.
Sem nenhuma dúvida, ainda hoje as forças que atuam entre átomos representam um dos aspectos mais intrigantes de todo o estudo da química. Destas forças, as mais fortes são as ligações químicas, responsáveis pela união estável de átomos, resultando na formação de moléculas, sendo estas as bases constituintes de toda matéria que conhecemos.
As ligações químicas representam interações entre dois ou mais átomos, interações essas que podem ocorrer por doação de elétrons, compartilhamento de elétrons ou ainda deslocalização de elétrons. Cada um desses processos é caracterizado por uma denominação de ligação química. É importante, entretanto, salientar que a grande maioria das ligações não ocorre de modo a pertencer 100% a um determinado grupo. O que ocorre é determinada ligação apresentar propriedades intermediárias a um e a outro grupo. Mas esse aspecto intermediário raramente é abordado na literatura química, sendo utilizada a classificação predominante para a ligação química em questão.
De modo geral, como fora mencionado, pode ocorrer a doação e o recebimento de elétrons entre dois átomos, caracterizando uma ligação denominada de ligação química. Nessa ligação, predominam as forças eletrostáticas que atraem os íons de cargas opostas. A ligação iônica é a responsável pela formação de compostos iônicos, e ocorre entre um átomo metálico e um átomo não metálico, com doação de elétrons por parte do primeiro e recebimento de elétrons por parte do segundo.
Quando se combinam dois átomos que possuem a mesma tendência de ganhar e perder elétrons, ocorre então a formação de uma ligação covalente. Sob essas condições, não ocorre uma transferência total de elétrons. Nesse processo, ocorre um compartilhamento de elétrons, aos pares. A ligação covalente, sempre entre dois átomos não metálicos, forma os compostos de natureza molecular, de modo a constituir uma molécula de natureza polar (ligação entre dois átomos diferentes) ou apolar (entre dois átomos iguais).
Já a ligação metálica traz um processo distinto. Os elétrons distribuem-se sobre núcleos positivos de átomos metálicos, formando uma nuvem eletrônica sobre toda estrutura da matéria formada, sendo esta a responsável pelas propriedades metálicas da matéria constituída.
Referências:
PERUZZO, Francisco Miragaia (Tito); CANTO, Eduardo Leite; Química na Abordagem do Cotidiano, Ed. Moderna, vol.1, São Paulo/SP- 1998.
SARDELLA, Antônio; MATEUS, Edgar; Curso de Química: química geral, Ed. Ática, São Paulo/SP – 1995.


PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS QUÍMICOS

Conhecer as propriedades dos elementos químicos é a base de qualquer conhecimento geoquímico. Para acessar o conteúdo, clique em Propriedades dos Elementos Químicos.

ATIVIDADE ORIENTADA 1-2019

Valor: 1,0 ponto
Carga horária: 4 aulas

Introdução

A aplicação mais importante do nióbio é como elemento de liga, para conferir melhoria de propriedades em produtos de aço, especialmente nos aços de alta resistência e baixa liga, usados na fabricação de automóveis e de tubulações para transmissão de gás sob alta pressão, placas grossas em plataformas marítimas, pontes, viadutos e edifícios. É utilizado, ainda, em superligas que operam a altas temperaturas, como também em turbinas de aeronaves a jato. Pesquisas realizadas e em andamento apontam para novas ligas que utilizem o nióbio, e isso deve ampliar o leque de aplicações do mineral, o que irá aumentar a demanda por sua extração. O nióbio produzido em Araxá responde por 75% de toda a produção mundial. Sua produção anual é de 70 mil toneladas da liga de ferronióbio. O nióbio de Araxá tem reserva para ser explorado por mais de 400 anos.

Trabalho de Pesquisa

Faça uma pesquisa, utilizando fontes da internet e livros, com o título A jazida de nióbio de Araxá, dando relevância aos aspectos geológicos/geoquímicos do denominado depósito do Barreiro.
O texto do trabalho deve apresentar: introdução, histórico, localização, geologia regional, geologia local, gênese do depósito, referências.
O conteúdo do trabalho deverá ter entre 5 e 7 páginas, sem ilustrações, digitado em Word, fonte Arial 12, espaçamento simples, margem de página normal.
Entrega até 11 de março de 2019 através do e-mail: professormarciosantos@gmail.com.
Exige-se o atendimento às normas de elaboração de trabalho acadêmico. Em caso de dúvida, consulte Como Elaborar Trabalhos Acadêmicos.

Avaliação do Trabalho

Não será admitida cópia de trabalhos anteriores, parcial ou totalmente. Conforme a norma ABNT, citações devem ser acompanhadas das referências de autoria no corpo do texto e no item referências. Muita atenção, porque no item Referências só podem constar as autorias citadas no corpo do trabalho.

COMO ELABORAR TRABALHOS ACADÊMICOS

Para se publicar um texto técnico-científico, é necessário que sejam seguidas certas normas técnicas. No Brasil, essas normas são estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Toda produção escrita relacionada com o curso superior, fruto de pesquisa ou reflexão, recebe a denominação geral de trabalho científico ou trabalho acadêmico. São exemplos de trabalhos acadêmicos: dissertações de mestrado, teses de doutorado, livros, artigos de periódicos, ensaios, resenhas, relatórios, resumos, etc. Nas diversas publicações que tratam da editoração de trabalhos acadêmicos, ou mesmo nas normas da ABNT, não há qualquer referência explícita à elaboração de trabalhos de alunos de graduação e de pós-graduação. É preciso considerar, no entanto, que é no curso superior que os alunos começam a despertar o interesse pela publicação dos mais variados tipos de trabalhos acadêmicos. É necessário, portanto, que os trabalhos escolares, desde os primeiros anos do curso superior, sejam elaborados de acordo com as normas vigentes, a fim de que o aluno possa ir dominando aos poucos essa técnica de editoração, tão importante no meio acadêmico.

Como não há uma denominação consagrada para os trabalhos de alunos que são feitos durante o curso de graduação e pós-graduação, daremos a eles o nome de trabalhos acadêmicos stricto sensu, ou simplesmente, Trabalhos Acadêmicos (TA’s).

O presente trabalho tem como objetivo:
a)      Apresentar as características gerais de um TA;
b)      Facilitar a vida acadêmica dos alunos de graduação e de pós-graduação, oferecendo-lhes um guia prático e objetivo de consulta para a elaboração de TA’s.
c)      Iniciar o aluno de curso superior nas técnicas de elaboração de TA’s, o que, sem dúvida facilitará e incentivará as suas atividades de pesquisa.

Para a consecução desses objetivos, baseamo-nos em bibliografia especializada (indicada no final deste trabalho) e especialmente nas normas da ABNT. (...) Para não nos perdermos em minúcias, estamos nos baseando principalmente na NBR 6023, publicada em agosto de 2000 pela ABNT, cuja referência bibliográfica completa se encontra no final deste trabalho (ABNT, 2000).

TA’s: CARACTERÍSITCAS GERAIS

Um TA é um trabalho que apresenta um tema bem delimitado e um objetivo definido. Não deve ser apenas a compilação de posições a respeito de um assunto, mas a descrição de um tema ou de um fenômeno determinado ou ainda a tentativa de solução de um problema específico.
Um TA deve apresentar as seguintes partes: folha de rosto (cf. item 3.14), texto (corpo do trabalho) e referências bibliográficas (cf. item 6).

O texto do TA deve apresentar, explicitamente ou não, uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.

A introdução deve ser clara, breve e direta, contendo principalmente a justificativa (o que leva o aluno a fazer o trabalho?) e o objetivo (o que pretende o aluno demonstrar no trabalho?). Toda introdução deve apresentar, ainda que implicitamente, uma proposta, uma pergunta, uma dúvida ou uma hipótese.
O desenvolvimento pode ser dividido em partes, como: metodologia aplicada, conceitos teóricos indispensáveis à compreensão do trabalho, exposição, análise e interpretação dos dados, conclusões parciais, etc.

A conclusão é uma retomada do objetivo exposto na introdução. O aluno poderá recolocar, de maneira sucinta, as conclusões parciais do desenvolvimento e apresentar uma conclusão final do trabalho.

O TA deve ser escrito em linguagem técnica, neutra, concisa, devendo-se evitar palavras, expressões e frases coloquiais (características da linguagem oral, como bem, então), subjetivas (eu acho, na minha opinião) e/ou intensificadoras (muito, expressamente). Como norma, deve-se sempre preferir os termos técnicos aos não-técnicos. Também como norma, deve-se cortar tudo o que for dispensável, podando-se o texto de termos e expressões inúteis.

Na elaboração do TA usa-se o português padrão, ou culto, devendo o aluno  tomar cuidado com todo tipo de erro, desde os mais simples (ortografia, por exemplo), até os mais complexos (estruturação do período, concordância, coesão, coerência, etc.) Entendemos por língua padrão aquela que é usada nos termos técnicos, científicos e informativos e que estão configurados nos livros, artigos, trabalhos e documentos técnico-científicos, na chamada redação oficial (ofícios, cartas, memorandos, relatórios, requerimentos, abaixo-assinados, leis, decretos, etc.), na redação comercial, nos manuais de instrução, nos impressos informativos e congêneres. Trata-se, enfim, de textos que façam uso, primordialmente, da linguagem denotativa, representativa e informativa, sem intuitos ambiguizadores, irônicos, pejorativos, artísticos ou provocativos, como é a linguagem literária, por exemplo.

A clareza e objetividade são itens essenciais nos TA’s. Recomenda-se aos alunos que usem frases curtas, tomando um cuidado especial com a pontuação (na dúvida, pontue). Os TA’s, por serem textos de menor porte, não devem apresentar notas de rodapé, notas no fim do trabalho, epígrafes, índice, sumário e resumo. Para esclarecimentos sobre esses itens, o leitor deve consultar uma bibliografia especializada, como FRANÇA et al. (1998).

Todo TA (bem como todo artigo, tese, livro etc.), como dissemos anteriormente, deve seguir as normas da ABNT. Para que isso seja possível, o TA deve ser digitado em computador. Assim, o aluno aprenderá a usar as normas técnicas e o professor poderá corrigir os trabalhos adequadamente. Mesmo que em alguns cursos de graduação e de pós-graduação não haja uma disciplina que trate especificamente desse assunto, é necessário que os alunos e os professores se conscientizem da necessidade de se redigirem os TA’s de acordo com as normas vigentes.

Grande parte dos alunos de graduação, e mesmo de pós-graduação, tem dificuldade com as referências de autoria que devem aparecer no corpo do trabalho e depois descritas no item Referências ou em Notas de Pé de Página. Para não se perder nesta questão, consulte as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, clicando AQUI. Este documento apresenta modelos padronizados de fácil aplicação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Rio de Janeiro. Informação e documentação: referências – elaboração: 6023: 2000. Rio de Janeiro, 2000.

FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 4. ed. rev. e aum. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

O AMBIENTE PRIMÁRIO


LEVINSON, A. A. Introduction to Exploration Geochemistry. Cap. 2. Maywood : Applied Publishing, 1974. (Trad. livre)
Os métodos geoquímicos de prospecção são baseados, em grande parte, nos estudos sistemáticos da dispersão dos elementos químicos em materiais naturais no entorno ou associados a corpos de minério. A dispersão pode ser definida como um processo que dirige a distribuição ou redistribuição de elementos por agentes físicos e químicos. Hawkes (1957), e também Hawkes e Webb (1962), associaram os processos de dispersão aos ambientes geoquímicos que eles dividiram em duas partes: (1) o ambiente primário que engloba as áreas que se estendem desde abaixo dos níveis mais superficiais de circulação da água meteórica até àquelas mais profundas, onde se desenvolvem os processos de diferenciação ígnea e metamorfismo, e (2) o ambiente secundário que compreende os processos superficiais de intemperismo, formação de solo e sedimentação na superfície da Terra. A subdivisão adotada por Hawkes (1957) e Hawkes e Webb (1962) seguida aqui, assim como sua classificação em primário e secundário, com o uso adicional de termos descritivos tais como padrões de dispersão primária e secundária, é a mais prática. O ambiente primário é geralmente de pressão e temperatura relativamente altas, com pouco oxigênio livre e movimento limitado de fluidos. O ambiente secundário, por outro lado, é caracterizado pelas temperaturas e pressões mais baixas, abundante oxigênio livre e outros gases, particularmente dióxido de carbono, e fluxo de fluidos relativamente livre.
Os movimentos de materiais entre os ambientes primário e secundário podem ser apresentados graficamente na forma de um sistema fechado simplificado conhecido como ciclo geoquímico (Fig. 2-1).

O ciclo geoquímico é definido como uma sequência de estágios na migração de elementos durante as transformações geológicas. Ele pode ser pensado como tendo iniciado no ambiente primário, no qual há formação de magma e cristalização de rochas ígneas. As rochas formadas no ambiente primário podem atingir o ambiente secundário e, através de vários processos geológicos, dos quais os mais importantes são intemperismo, erosão, sedimentação, diagênese e ação biológica, podem resultar muitas mudanças. Os minerais formados sob as condições primárias são frequentemente instáveis no ambiente secundário e serão intemperizados e, consequentemente, os elementos que os formavam podem ser liberados, transportados e redistribuídos. É durante os processos de transporte e redistribuição que métodos geoquímicos muito precisos são particularmente aplicáveis e podem ser usados seja para encontrar a fonte primária, onde os elementos são intemperizados, ou novos depósitos de minério resultados da redistribuição.